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Capela do Espírito Santo ('Sto. António')

Capela de Santo António

Esta capela encontra-se no limite da Vila de Vagos, junto ao entroncamento entre a estrada real entre Aveiro e a Figueira da Foz e a estrada que acede ao Santuário de Nossa Senhora de Vagos.

Tem planta centrada ou circular e a porta é encimada por uma escultura representando, sobre o Gólgota, a cruz com as arma Christi ou instrumentos da Paixão de Jesus. Tanto aquele como as ombreiras da porta são em pedra calcária trabalhada, apresentando motivos de inspiração maneirista. Este conjunto em calcário aparenta vestígios de policromia ocre. No interior, sobre mísula novecentista, a imagem de Santo António (séc. XVIII). Ladeiam-na, em nichos próprios, as de S. Martinho com iconografia correspondente à de Doutor da Igreja e de S. Francisco, ambas do séc. XVIII. Sobre o altar, as imagens de Santa Quitéria (séc. XVIII) e de Nossa Senhora da Conceição (séc. XVII/ XVIII). Todas as imagens são dignas de destaque tanto pelo seu significado histórico-artístico como pela qualidade de execução e conservação sem alterações, salientando-se contudo as duas últimas.

Esta capela esteve abandonada e em risco de demolição, até que, no século XIX, um pároco de Vagos reabilitou o seu culto lá colocando a imagem do Senhor da Cana Verde/ Ecce Homo, entre outras provindas da igreja matriz de Vagos. O largo fronteiro à capela foi terra de lavradio, tendo a partir de 1833 sido aproveitado para cemitério, dado o elevado número de mortos devido à epidemia de cólera que então se fez sentir. Até então, os enterros dos paroquianos eram feitos exclusivamente no adro da igreja matriz de Vagos.

No jardim encontra-se um cruzeiro de 1940, comemorativo dos 800 anos da independência de Portugal. Foi mudado para este local no dia do Espírito Santo de 1957.