2223
Município7736
Mensagem do Presidente6267
Câmara Municipal3322
Transparência Municipal7593
Assembleia Municipal2735
Recursos Humanos4158
Informação Económico Financeira3687
Freguesias8648
Relações Internacionais9769
Heráldica4840
Planos Municipais45
Documentação1958
Comunicação4139
Livro de Reclamações Eletrónico8156
Projetos Cofinanciados8820
Contactos do Município9213
Contratação Pública2540
Eleições Legislativas 20248756
Prémio Autarquia do Ano
6826
Viver3951
Ação Social4836
Gabinete de Ação Social4374
Habitação Social409
CPCJ9838
Rede Social6891
Serviço de Psicologia2597
Instituições do Concelho4605
Rendimento Social de Inserção6364
Ação Social Escolar5664
Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância3733
Lojinha Social9825
Banco de Voluntariado de Vagos9193
Alimentar Mais Alimentar Melhor6685
Informações de Interesse
6193
Ambiente8130
Zonas Balneares4444
Eco-Escolas5447
Atividades ambientais6924
Já me viu hoje?3167
Ammophila Arenaria (Estorno)6137
Corpobrotus Edulis (Chorão ou Bálsamo)8759
Pancratium Maritimum (Narciso)8246
Helichrysum Italicum (Erva do Caril)5801
Medicago Marina L. (Luzerna da praia)5842
Sedum Sediforme (Pinheirinho)591
Artemisia campestri (Madorneira das praias)9289
Euphorbia Paralias (Morganheira das praias)
998
O Mar, a Ria e a Terra5618
Projeto Coastwatch8824
ATIVIDADES AMBIENTAIS 2023/20242710
ATIVIDADES AMBIENTAIS 2022/20237511
ATIVIDADES AMBIENTAIS 2021/20223357
Atividades ambientais 2020/20211047
Há chatos na praia!4317
Reciclar e Compostar6221
SPARC836
Caça à Acácia9671
O ciclo da vida4663
Piquenique com as estrelas1923
As dunas precisam de nós1570
Praia Limpa7553
Cada macaco no seu galho, cada resíduo no seu sítio7852
PNVBA2066
O Diabo veste ... penachos - Um drama da atualidade7841
O que esconde o rio Boco?
6775
Resíduos Urbanos5502
Vagos + Composto5155
Pacto de Autarcas298
PAPERSU7799
Mayors Adapt7853
Pegada Ecológica4837
Vagos livre de Cortaderia8581
5m de Bom Ambiente
3222
Desporto9088
Instalações e Equipamentos9636
Eventos Desportivos9105
Programas Desportivos
4219
Educação8095
Cultura2882
Equipamentos Culturais2965
Eventos Culturais1322
Museus6583
Revela-te!7565
Associativismo
2190
Segurança5075
Floresta3315
Urbanismo - Obras Particulares1573
Planeamento e Ordenamento do Território8998
Gabinete Veterinário8448
Serviços Prestados7828
Animais Perdidos e Encontrados6288
Adoção de Animais9959
Requerimentos Veterinário3893
Campanha de Vacinação Antirrábica4549
Ligações Úteis699
Contactos Veterinário4394
Campanha de Apoio à Esterilização de Animais de Companhia 20244484
Campanha de Apoio à Prestação de Serviços Veterinários a Animais Detidos por Famílias Carenciadas
8372
Juventude2159
Contactos Úteis1407
Vagos Ajuda a Ucrânia6324
Estratégia Local de Habitação
9825
Visitar7240
História344
Pontos de Interesse9855
Rotas e Percursos4149
Onde Comer3189
Onde Ficar343
Como Chegar5463
Agenda9469
Eventos anuais1215
Festas e Feiras7043
Artesanato de Vagos3662
Estação Náutica de Vagos6645
Galeria Multimédia de Vagos6955
Posto de Turismo4208
Autocaravanas7558
Moinhos Abertos
7773
Investir2371
Participar1792
Serviços
5224
Município2953
Mensagem do Presidente4317
Câmara Municipal712
Transparência Municipal7458
Assembleia Municipal370
Recursos Humanos5502
Informação Económico Financeira4728
Freguesias1964
Relações Internacionais7542
Heráldica1761
Planos Municipais7554
Documentação73
Comunicação639
Livro de Reclamações Eletrónico9658
Projetos Cofinanciados9654
Contactos do Município566
Contratação Pública4038
Eleições Legislativas 20245122
Prémio Autarquia do Ano
201
Viver4240
Visitar8168
Investir4558
Participar693
Serviços
Espetáculo Musical 'CUCA ROSETA'
Realiza-se, no sábado, dia 28 de agosto de 2021, o espetáculo musical com "CUCA ROSETA", às 21h30, no Largo Parracho Branco - Praia da Vagueira.
Este é um evento do projeto "Animar o Verão 2021", da Câmara Municipal de Vagos e realiza-se no âmbito da candidatura "Garantir Cultura".
Uma vez que é necessário garantir, acima de tudo, a segurança em termos de saúde pública, as atividades decorrerão sempre cumprindo todas as normas exigidas no âmbito do contexto pandémico e encontram-se sujeitas a alterações conforme as indicações emanadas pela Direção Geral de Saúde (DGS) no que diz respeito à evolução da pandemia de COVID-19.
Portanto, o espetáculo decorrerá com lotação reduzida sendo obrigatório:
- o uso de máscara
- a manutenção da distância de segurança
- a desinfeção das mãos à entrada e saída do espaço.
Entrada gratuita condicionada a apresentação de bilhete.
Os bilhetes estarão disponíveis para levantamento uma semana antes do respetivo espetáculo e devem ser levantados, previamente, nos seguintes locais:
- Biblioteca Municipal de Vagos
- Horário: segunda a sexta-feira das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 e ao sábado das 10h00 às 13h00
- Biblioteca de Praia
- Horário: Segunda a domingo, das 10h00 às 13h00
Informamos que a hora prevista de início dos espetáculos é às 21h30 e que os lugares só estarão reservados até às 21h15, sendo posteriormente disponibilizados para quem estiver interessado em assistir ao espetáculo.
Cuca Roseta
Meu
Não o sabíamos ainda, mas há muito que esperávamos por Meu. Desde que se estreou com o disco homónimo Cuca Roseta, em 2011, a voz delicada e elegante que nasceu para o fado no Clube de Fado de Mário Pacheco e que foi revelada ao mundo nesse primeiro disco produzido pelo argentino Gustavo Santaolalla (vencedor de Oscars para Melhor Banda Sonora graças ao seu trabalho nos filmes Babel e O Segredo de Brokeback Mountain), vinha ganhando um espaço autoral nos seus registos de estúdio e nos incontáveis palcos que pisa todos os anos.
Ao longo da última década, e à medida que ia construindo uma discografia muitíssimo pessoal, fundada no fado mas atrevendo-se a viajar para muitos outros lugares (da música pop aos sons brasileiros, das canções de natal ao folclore), Cuca foi percebendo o quanto era importante que as novas canções tivessem o selo de aprovação do público antes de serem eternizadas em estúdio.
Não abdicando de cantar os temas e as palavras que lhe preenchiam a alma, a cantora aproximava-se ainda mais dos seus admiradores, estabelecendo pontes e sabendo ouvir a opinião de quem tão generosa e apaixonadamente a ouve também e lhe dedica entusiásticas ovações. Assim, a escuta passou a fazer-se nos dois sentidos (o público escuta as canções; Cuca escuta as suas preferências e opiniões) e permitiu iluminar as escolhas da cantora.
Quando começou a acolher no reportório as suas próprias composições, Cuca estabeleceu uma regra simples. Uma regra simples que poderia não ser a ideal para os prazos ditados pela indústria, mas que respeitava a mais verdadeira relação possível com a música: havia de compor e escrever as suas canções sempre que se sentisse inspirada para tal. Quer estivesse em casa, sentada ao piano, quer se encontrasse fechada dentro de um avião quando uma melodia descobrisse forma de lhe invadir a imaginação.
Nos últimos anos, deu por si a deitar cá para fora perto de 80 músicas. Dessas largas dezenas, o palco e o público encarregaram-se de lhe mostrar quais se destacavam e mais afirmavam a sua marca autoral, urgindo fixar em estúdio.
Este facto, único na História do fado, de uma artista que escreve e compõe todos os temas de um dos seus discos, demonstra também a sua extrema coragem – compensada por este notável conjunto de canções.
Daí que Cuca tenha escolhido batizar este novo álbum com o título Meu. Aqui tudo lhe pertence – cada palavra, cada acorde, cada melodia. Depois, claro, são partilhados e enriquecidos com os contributos com os músicos que melhor a conhecem. Mas nesta tarefa difícil de peneirar entre as muitas ideias que Cuca foi acumulando, tamanha é a sua paleta de influências, um fio condutor acabou por se impor naturalmente, uma linha que cose as ligações entre estes 12 temas, cada um deles um mundo autónomo, uma pequena ilha onde a voz da cantora explora uma história e uma faceta distintas. E logo se concluiu que aquilo que faz destas ilhas um arquipélago coerente é, afinal, uma raiz clara e profundamente portuguesa.
Esta raiz, como é fácil de adivinhar no caso de Cuca Roseta, espalha-se com profundidade e propriedade pelo fado, pelo folclore, pela música popular portuguesa e pelas baladas, com uma escapada até uma coladera (com travo a samba também), que em “Negrita” estabelece o diálogo musical com outras paragens do mundo que connosco partilham a língua e que há muito adoptaram a cantora como uma das suas filhas. É pelo peso fadista que avançamos com os belíssimos “Preto e Branco” e “Finalmente”, dois temas fundados no amor mas interpretados com a carga emocional que só o fado sabe emprestar; para logo sermos trazidos para cima com a música tradicional e o folclore que se desprendem dos excelentes retratos populares que encontramos em “Bairro Português”, “Roda da Saia” ou “Chiça Penico”. E, claro, somos depois envolvidos por canções de clara linhagem pop, que Cuca domina na perfeição, em “Amor de Domingo” e “Não Sei de Onde”.
“Não Sei de Onde” é um caso especial. Era já um dos maiores sucessos junto do público, mas Cuca hesitou entre qual o melhor arranjo para defender a profunda delicadeza de que a cantora veste o frágil mistério do amor. Por isso, optou por duas versões, igualmente minimalistas, gravando o tema na companhia da guitarra clássica de Tuniko Goulart, e do piano de Rui Caetano – a que cabe a despedida, numa toada mais tranquila e introspectiva. Meu está, afinal, recheado destes magníficos recantos que se vão descobrindo enquanto navegamos por géneros tão distintos mas que sabemos pulsarem com a mesma verdade e a mesma intensidade na voz de Cuca.
Exemplos flagrantes desta verdade, entregue com inultrapassável intensidade, são as gravações do mergulho às águas mais profundas da alma fadista em “Grito” e “Meu”. Depois de cada um destes temas, aparecem “Chiça Penico” e “Roda da Saia”, numa aproximação em disco dos alinhamentos ao vivo em que Cuca vai doseando temas lentos e rápidos, construindo uma dinâmica a pensar no público mas também a pensar em si – porque sempre que se permite “ir mais ao fundo e tocar na dor”, como descreve, precisa depois de vir à superfície e rodear-se de algo mais leve. No fundo, procura sempre o mesmo equilíbrio que se aplica ao quotidiano: se há dor e lágrimas, e é bom sabermos viver com elas, haja depois sorrisos, gargalhadas e passos de dança.
Tudo isso faz parte da sua verdade. E foi a essa verdade que quis manter-se sempre fiel em Meu, começando pela composição das canções e a escrita das letras, e passando pela gravação com os músicos que a acompanham em concerto, entre os quais o baterista e percussionista Ivo Costa, responsável também pela produção.
Em cada passo do caminho para este álbum, Cuca assume-se a narradora da sua história, adensando também o conhecido de si própria. Mas é claro que Meu alimenta-se também da certeza de que, ao chegar aos seus ouvintes, a história de Cuca se encontrá e se misturará com a história de quem a ouve. Fazendo com que este Meu – que espelha o seu percurso – possa ser partilhado por alguém, do outro lado, que acabe por afirmar que este disco também lhe pertence.
Meu é o disco mais verdadeiro e pessoal de Cuca Roseta. Mas o Meu de Cuca Roseta é também de cada um de nós.